Varão Compósito

Ao longo dos anos a indústria da construção tem usado o varão de ferro como elemento de reforço construtivo com elevado sucesso, pela sua disponibilidade e características intrínsecas do aço: maleabilidade e ductilidade. O aço, no entanto, apresenta limitações que advém da sua base ferrosa e das características de fornecimento, nomeadamente:

Peso: difícil de manusear sem meios de suporte à carga e transporte
Logística: baixo nível de configuração de base aos comprimentos fornecidos e baixas taxas de ocupação volumétrica dos meios de transporte, devido ao elevado peso específico.
Oxidação: exposição aos elementos, nomeadamente à humidade induz corrosão. Este factor é exponenciado em ambientes salinos. Por inerência acaba a necessitar de maior recobrimento por betão.
Compatibilidade electromagnética baixa
Um impacto ambiental elevado pela elevada carga energética inerente à sua produção – a indústria do aço é responsável por cerca de 8% das emissões mundiais de CO2, sendo que o varão de construção representa cerca de 1,5 pontos percentuais – bem como ao elevado peso ambiental do seu transporte.
A corrosão das armaduras de aço provocada pela corrosão do betão é uma questão significativa que leva frequentemente à deterioração estrutural e ao fim prematuro da vida útil das estruturas.

A evolução dos materiais compósitos permitiu o desenho duma solução desenvolvida ao longo de mais duma década, em que se conjugam elementos que produzem um produto diferenciador pelas mais-valias reais que traz ao mercado:

Um peso 4-5 vezes inferior ao do aço, permitindo ganhos mensuráveis nos custos de transporte.
A capacidade de ser manuseado sem meios adicionais de movimentação, permitindo fácil carga manual em obra, especialmente em sítios de difícil acesso.
Elevada adequação à instalação em ambientes salinos, pela sua imunidade à oxidação.
Resistente a agressões químicas.
Elevada estabilidade térmica, não promovendo a fissuração dos betões de envolvência, baixando custos de manutenção e reparação.
Sendo um produto com baixa condutividade térmica, muito adequado para evitar pontes térmicas.
Elevada compatibilidade electromagnética, sendo imune a interferências e não magnético.
Uma durabilidade estimada superior a 80 anos, com ciclos de vida muito superiores ao dos aços de construção.
Corte em fábrica à medida, evitando pós-processamento em obra, reduzindo tempo de construção e custos de operação.
Permitir soluções mais interessantes por necessitar de menos betão de recobrimento.